Há exatos 37 anos Hollywood perdia parte de seu brilho, morria Susan Hayward
Natural de Nova York, Susan Hayward é considerada uma das atrizes mais bonitas e talentosas de Hollywood. Porém alcançar o estrelato não foi fácil e Susan lutou arduamente para vencer no cinema. Em 1935, após realizar alguns testes sem sucesso na Broadway, Edythe Marrenner (seu nome verdadeiro) decidiu se tornar modelo. Em 1937 após ter suas fotografias publicadas no Saturday Evening Post foi convidada por David O. Selznick para realizar um teste para seu mais novo filme; E o Vento Levou. O papel em questão, era o de Scarlett O´Hara, que como todos sabem foi designado a Vivien Leigh. William A. Wellman que também estava em busca de uma jovem estrela se encantou com a beleza estonteante da modelo e lhe deu o papel de Isobel Rivers na aventura Beau Geste, estrelado por Gary Cooper. O ano era 1939 e Susan Hayward estreava nas telas, mas sua consagração como atriz estaria ainda muito longe de acontecer.
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Susan Hayward uma das atrizes mais bonitas e talentosas de Hollywood |
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De modelo... |
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à Atriz. |
Sua primeira indicação ao Oscar ocorreu em 1947 pelo filme Desespero, porém nesse ano venceu Loretta Young por sua performance em Ambiciosa. Em 1949, sua segunda indicação viria pelo melodrama Meu Maior Amor, todavia, Olivia DeHavilland, que brilhara em Tarde Demais, naquele ano tirou novamente a chance de vitória de Hayward. O mesmo ocorreu em 1952 com Meu Coração canta e em 1955 com Eu Chorarei Amanhã, onde ela perdeu para Shirley Bothe e Ana Magnani respectivamente. Além da decepção profissional que estava vivendo, Susan Hayward em meados de 1955 sofria grandes desilusões com seu ex-marido, o ator secundário Jess Barker. Em 1953 após uma discussão onde sofrera diversas agressões físicas, Hayward é lançada por Barker dentro da piscina onde este tenta a todo custo afogá-la, o motivo? Ele desejava um novo cadilac. A ruiva após o escândalo decide pedir o divórcio.
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Cena de "Eu Chorarei Amanhã" |
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Hayward com o 1º esposo Jess Barker e filhos |
Na ocasião, todos os jornais sensacionalistas publicavam matérias sobre a difícil convivência da atriz com o ator de outrora. Segundo a imprensa, Jess Barker não aceitava ver a esposa vencer na indústria cinematográfica enquanto ele sucumbia diante dos constantes fracassos. Mesmo depois do divórcio, Susan vivia recebendo as indesejáveis visitas do ex-marido, que se negava a trabalhar em outras áreas e vivia buscando algum dinheiro, sempre com o pretexto de visitar seus filhos, os gêmeos Gregory e Timothy, que na ocasião tinham dez anos. Mediante essa situação e a beira de um colapso, Susan Hayward não suportando mais viver daquela maneira decide por um fim em sua triste vida ingerindo dois vidros de seconal. Sua mãe Ellen Marrenner após receber uma estranha ligação da filha, como se essa estivesse se despedindo, decide avisar aos policiais. Esses ao arrombarem a porta da mansão da atriz já a encontra inconsciente jogada no chão. Por sorte, e graças à mãe, é socorrida a tempo, escapando da morte.
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E o 2º esposo Eaton Chalkley |
Após esse lamentável episódio Susan Hayward decide internar os filhos em um colégio militar e desiludida desaparece completamente do cenário social e das telas. Os boatos a seu respeito passam a se tornar cada vez mais negativos e rumores sobre alcoolismo e promiscuidade são constantes. No entanto, dois anos depois, mas precisamente no dia 08 de fevereiro de 1957 Susan se casa com o advogado Eaton Chalkley da Geórgia e se muda definitivamente para lá levando consigo seus dois filhos. Um dia, e já livre da prisão, (onde se encontrara por ter atirado no amante de sua esposa, a então atriz Joan Bennett) o produtor Walter Wanger vai até a casa de Hayward levando até ela o roteiro de seu novo filme, o drama real sobre a vida de Barbara Graham, Quero Viver. Como conhecia o produtor desde os tempos em que (e por intermédio dele) realizou seus primeiros testes em Hollywood, Susan Hayward decide voltar a Hollywood e dessa vez para interpretar uma prostituta condenada a câmera de gás por assassinato. A medida que lia o roteiro Susan ia se apaixonando cada vez mais por seu personagem, dando a ele toda força e veracidade possível. O resultado disso foi mais uma indicação ao Oscar, só que dessa vez com um desfecho bem diferente das anteriores. A noite de 06 de abril de 1959 foi mais que especial e Susan Hayward finalmente, dando a volta por cima, vence o prêmio de melhor atriz.
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Como Barbara Graham, Hayward tem seu melhor desempenho (Quero Viver de Robert Wise) |
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Melhor atriz de 1958 |
Todavia nem tudo eram flores, e a felicidade de Susan não duraria tanto tempo como ela merecia. Em 1966 enquanto filmava na Itália o filme Charada em Veneza a atriz se vê desesperada quando recebe a noticia que seu esposo falecera de cirrose aguda em decorrência de uma hepatite. Terminadas as gravações e com o psicológico completamente abalado, Susan segue diretamente para um sanatório onde permanece por algum tempo. Em 1973 após meses sentindo fortes dores de cabeça é diagnosticada com um câncer cerebral inoperável. Ironia do destino ou não, dez anos antes Hayward havia interpretado uma moça rica e desenganada com um tumor cerebral em Horas Perdidas, a segunda versão do melodrama Vitória Amarga (1939). Em 1974 mesmo doente, participou ainda da cerimônia do Oscar e estava deslumbrante, a imprensa e os amigos chegaram a cogitar a hipótese de uma possível cura. Mas de fato isso não aconteceu e o destino mais uma vez foi cruel com aquela mulher forte batalhadora e por diversas vezes injustiçada. Susan Hayward morre na fria noite de 14 de março de 1975 aos 57 anos.
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Susan Hayward (1917-1975) |
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